O caminho a ser seguido Muitos se apegam ao otimismo e, por acharem que está tudo ótimo ou fi cará tudo bem, acabam não agindo, imaginando ser desnecessário. Outros tantos compõem o rol dos pessimistas, que, não acreditando num futuro melhor, acabam por aceitar a derrota sem ao menos tentar a vitória. Entre eles, importa-nos os realistas. Não é novidade para ninguém que a situação conjuntural não é boa para cidadão que precisa proteger a si e a seus próximos. Porém, o mais importante não é entender onde estamos, e sim como chegamos até aqui. O que nos fez, em menos de trinta anos, empreender uma guinada tão drástica, abandonando a realidade de um país onde a posse e porte de armas eram verdadeiramente corriqueiros – quando praticamente todas as bolsas e pastas masculinas já eram confeccionadas com coldres - até chegarmos ao absurdo nível de restrições às armas em que nos encontramos hoje. Anos atrás, dediquei muito tempo para analisar essa questão e cheguei à conclusão que duas coisas nos trouxeram até aqui. A principal é que, durante quase 15 anos consecutivos, tivemos uma hegemonia nos discursos que demonizavam as armas de fogo e enalteciam o desarmamento. Nunca, absolutamente nunca, tínhamos qualquer espaço na mídia para, ao menos, contestarmos os dados que nos eram enfi ados goela abaixo. Como consequência dessa “opinião publicada”, nossos Congressistas acabaram por votar leis restritivas, tendo seu ápice no malfadado Estatuto do Desarmamento. O segundo fator a nos conduzir para a atual realidade foi a velha história de esperar alguém fazer alguma coisa. Acreditar que um dia alguém poderoso, um messias, um salvador da pátria, daria um basta nisso. Mas isso não aconteceu, tampouco acontecerá.