E lá se vão quase 30 anos que li pela primeira vez uma edição desta Revista, mais especificamente a de número três e lá, como já escrevi antes, estava a primeira fagulha da luta contra o desarmamento e contra as restrições à liberdade de possuir e portar Armas de Fogo em um editorial onde, ficticiamente, um pai deixava para seu filho uma arma e pedia para ele segredo até mesmo aos seus entes e amigos mais próximos. O que era ficção, e por muitos foi tido como alarmismo, chegou muito perto de acontecer nas décadas seguintes. Em 1997 o porte de armas foi transformado em crime e criaram-se várias outras restrições na sequência. Em 2005, com o malfadado estatuto do desarmamento e em seu rastro ideológico mais restrições também aos Atiradores Esportivos, aos Colecionadores, aos Caçadores - e até mesmo aos Agentes de Segurança Pública e Defesa Nacional...
Em quase 30 anos associações foram criadas, publicações foram lançadas, pessoas embarcaram nessa batalha, porém vários desistiram: muitos foram abandonando a luta, desmotivados e cansados, ninguém pode culpá-los. Fico realmente feliz ao - neste exato momento - perceber que estou escrevendo o editorial para uma Revista que lá estava, quase três décadas atrás, e continua aqui! Não tenho dúvidas que o esforço envolvido foi sobre-humano, quase um milagre!