Os avanços conseguidos por este novel Governo Federal nos dão conta de que os calibres proibidos ao tempo do ditador Getúlio Vargas começam a ser liberados ao Cidadão comum, ou seja, aquele que passar pelos exames e verificações de praxe (psicológico, de manuseio e, claro, de antecedentes criminais) e neles for aprovado.
Com isso, alguns cartuchos que eram tão somente “objetos de desejo” passarão, doravante, a “normais”. Em outras palavras, ficaremos livres do jugo a nós imposto durante aquele período ditatorial e que pouco mudou com o passar dos anos.
Então, ao Brasileiro eram apenas permitidos armas e cartuchos nos calibres .22, .32, 7,65 mm e .38 (para armas curtas. Para carabinas era permitida a utilização do .44 Winchester, não Magnum) até que um de nossos Ministros da época, ao ouvir os apelos de pessoas de bem que julgavam tais calibres abaixo dos níveis considerados suficientes; e então essa mirrada lista teve a adição do .380, mas paramos por ali.
E, depois de tantos anos (décadas, para sermos mais exatos) de nós, amantes do Tiro e partidários da utilização de Armas de Fogo como objetos de Defesa, pleitearmos as mudanças que são agora anunciadas, surge uma nesga de Liberdade nesse horizonte que, anteriormente, se mostrava tão sombrio e caminhando na direção de exemplos de outros países de cunho ditatorial.
Desse modo, aqueles calibres anteriormente considerados como “que matam mais” (dito interno aqui na MAGNUM) são agora - e finalmente - liberados para o público consumidor-alvo, qual seja, aquele que pode possuir as armas que sempre desejou e dentro da legalidade. Afinal, a bandidagem nunca precisou esperar por leis que a favorecessem, haja vista que maus elementos nunca precisaram de quaisquer licenças para portá-las e utilizá-las.
De maneira mais sábia buscou-se, agora, fazer alguma limitação de calibres em função da energia* liberada no disparo (aqui entram Velocidade e Peso do projétil) - algo com muito mais sentido do que apenas o embasamento no diâmetro de um dado projétil, como era antigamente, já que, para exemplificar, tanto o .357 quanto o 9 mm (e até o .380) o tem praticamente igual àquele de um .38 SPL.
Ainda faltando uma certa definição entre calibres “restritos” e/ou “proibidos”, mesmo assim o Consumidor poderá desfrutar de bem maior gama de calibres - como acontece em outros países pelo mundo afora - e, consequentemente, alavancando o mercado de armas & munições, ou seja, aumentando a produtividade do parque nacional (com isso, criando um maior número de empregos diretos e indiretos) e brindando o Brasileiro com possibilidades que antes lhe eram negadas, seja por ingerência política (interna ou externa) ou coisa pior, por parte daqueles que nada entendem do assunto e que, contudo, tendo o poder para tal, usam e abusam de Seguranças armados que lhes garantem, em pleno, a liberdade de ir e vir sem se preocuparem com roubos, sequestros e outros perigos desse tipo.
Assim, nós de MAGNUM antevemos um grande e próximo salto na evolução econômica e cultural de nossa amada Nação em função de atitudes acertadas de nossos atuais governantes. Não é simples otimismo! Trata-se, apenas, de observação dos rumos, notáveis, pelos quais estamos passando - e quem isso não reconhece ou repudia, às vezes até mesmo como massa manipulada e pouco consciente, sem dúvida, estará trabalhando em função de interesses escusos que pouco a pouco vêm sendo desvendados, *N. da R.: O máximo de energia agora autorizada é de 1505 joules - número que abrange a grande maioria dos calibres que anteriormente eram vetados à utilização por civis e, para que o Leitor possa dimensionar tal dado, basta lembrar que uma carabina ou pistola no desejado calibre .40 (o mesmo de emprego por muitas de nossas Polícias) o tem por volta de um máximo de 670 joules.
Os calibres que ainda restam como não permitidos são, por exemplo, o 5,56 mm (.223) e o 7,62 (.308), ou seja, ainda não chegamos ao nível, por exemplo, dos EUA. Continuam ainda proibidas as armas automáticas, ou seja, aquelas capazes de disparar em rajadas, como metralhadoras de mão e certos fuzis que apresentam tal capacidade.
Tudo pode ser resumido na criação de novos parques fabris e, ainda, um incremento na importação de armas (lembrando que tais instalações industriais poderão até mesmo se dedicar à exportação de produtos nacionais). E, para encerrar, listamos agora os calibres e armas que, doravante, poderão também ser comercializados em Lojas:
9 mm P, .357 Magnum, .40 S&W, 10 mm e .45 ACP.
Lincoln Tendler
Coordenador Técnico da Área Internacional